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Faça um bom dia!


Me considero uma pessoa muito observadora. Consigo perceber as nuances emocionais e comportamentais das pessoas no geral. E aprecio isso. Coloco atenção no funcionamento dos seres humanos. E fico fascinada! Quanta similaridade e quanta originalidade ao mesmo tempo. Lindo!


Acredito que seja um treino quase natural que tenho feito ao longo de minha vida, na jornada pessoal e profissional voltada ao desenvolvimento humano.


Tudo nessa área é importante para mim! Incrível como artigos, livros ou simples comentários, formais ou informais, me atraem tal qual um imã. Adoro perceber as ações, as falas, as vozes, os tons de voz, as posturas físicas, os trejeitos, as caras, os olhos, as bocas, as mãos, tudo ...


E foi nessa movimento, que me é natural, que observei em uma das minhas viagens internacionais, um hábito curioso de pessoas influentes no seu país, no que se refere ao modo de dizer as coisas, que é o primeiro cumprimento do dia: ‘Tenha um bom dia!’ que foi transformado por essas pessoas em: ‘Faça um bom dia!’.


E aí refleti um pouco sobre ‘Tenha um bom dia!’ Pensei: é um hábito de linguagem comum e corriqueira, que expressa um desejo que é quase um voto de sorte, onde o mundo externo (as coisas, os outros, a política, o país, o mundo) tem uma ação completa sobre o seu próprio ser.


Me deu a impressão de que estarei exposta ao acaso, ao que vier, ao aleatório, quase como um jogo de dados, que pode dar 1 ou 6.


Junto ao ‘Tenha um bom dia” me parece similar que também se use na mesma linha, frases como: ‘Vamos à luta’; ‘Vamos indo aí, pouco a pouco’; ‘Deixa a vida te levar qual folhinha ao vento’; ‘Reze para que tudo saia bem’; ‘Isso é que temos para hoje’, etc.


Não importa qual dessas (ou outras na mesma linha) frases acima seja usada, sempre me dá a impressão de que estamos nos colocando em um lugar bastante incômodo, que é numa cadeirinha miserável e incômoda, chamada Vitima. Vítimas do que? Da própria vida!

Dói não é?


A primeira reação defensiva é dizer: Vitima não! É apenas um hábito de linguagem. E eu posso dizer: Vitima sim! Demonstrada por esse hábito de linguagem.


Talvez estejamos usando essa fala, inconscientemente. Acredito que é isso.

Quais seriam as nossas possibilidades ao experimentar internalizar um outro hábito de cumprimento matinal, com o objetivo de sairmos dessa cadeirinha incômoda, que faz o nosso corpo doer, como um todo?


Entendo que poderia ir causando o despertar de uma força profunda e consistente, qual um motor poderoso e subjacente, que nos impulsiona a sermos autores de nossa própria história.


‘Faça um bom dia!’

Nos inspira a sermos autores e não marionetes.

Nos provoca a sermos mais responsáveis e conscientes sobre as próprias falas, sobre o próprio humor, sobre as próprias ações e sentimentos gerados.

Nos impulsiona a fazer melhor e mais, de acordo com os nossos propósitos de bondade, generosidade e de beleza perante a vida.

Nos desperta para a escrita de um roteiro original e único, no qual somos o personagem principal, convivendo com outros personagens de igual importância individual.


Se puder e quiser, deseje a si e ao próximo: ‘Faça um bom dia!’ e observe que um fantástico piloto da própria vida, estará acionado. Construindo sim, a vida que sempre desejou viver!

Pode requerer atenção e trabalho, mas para aquela pessoa que ‘faz um bom dia’, isso chama-se apenas, VIVER!!

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